sexta-feira, 8 de junho de 2012

Menina-moça, tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi com a Dona Chica, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço. Disse um certo pai Ogum. (Caio Fernando Abreu.)

sábado, 2 de junho de 2012

Acontece que eu deixei de dar tanta importância pra essas coisas tão pequenas, que volta e meia me pegavam de surpresa e deixavam dúvidas chatas e nó garganta, como se eu tivesse que desvendar algum mistério, ou fosse obrigação minha passar por tantas coisas e ainda assim continuar no mesmo caminho. Mesmo que por vezes, me passasse na cabeça uma vontade de desistir, de cobrar alguma resposta pra essas coisas tão sem noção que acontece no dia-a-dia da gente, coisas que nos faz pensar se realmente existi algum motivo produtivo pra estarmos passando por aquilo. Logo eu que não sou de acreditar em acasos, e coincidências me passava na cabeça essas dúvidas, enfim... Apesar dessa montanha russa de sentimentos, eu sempre fui a mesma, claro que com os acontecimentos diários acrescentava ou diminuía, uma coisa ou outra, mas sempre mantive em mim a mesma pessoa. E com uma certeza, "incerta talvez" mas uma certeza de que tudo ia dá certo na manhã seguinte quando eu acordasse. E deu, tem dado.